Escalada da guerra comercial entre EUA e China derruba a Bolsa e faz dólar disparar
Tensão na guerra comercial entre EUA e China pressiona o dólar e provoca quedas nas bolsas. No Brasil, a alta da moeda norte-americana é contida pela taxa elevada de juros, mas ainda assim acumula valorização em abril.
Dólar comercial teve alta de 1,30% nesta segunda-feira (7), fechando a R$ 5,9106, o maior valor desde 28 de fevereiro.
O aumento da moeda norte-americana é impulsionado pela intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China, após ameaças de tarifas adicionais do presidente Donald Trump.
No dia, o dólar atingiu a máxima de R$ 5,9324, com o Ibovespa recuando 1,31%, fechando aos 125.588 pontos.
Nos EUA, os índices acionários apresentaram perdas generalizadas, com o S&P 500 caindo 0,80% e o Dow Jones 0,91%.
Analistas do JPMorgan aumentaram a chance de recessão global de 40% para 60% em uma semana, enquanto a Fitch Ratings informou que as tarifas elevaram o custo médio das importações nos EUA para 22,5%, o maior em mais de um século.
No Brasil, o real teve desempenho razoável entre moedas emergentes, mas o câmbio segue pressionado. O dólar acumula alta de 3,60% em abril e queda de 4,36% no ano.
O Banco Central, atento às expectativas de inflação, prevê mais um aumento na Selic em maio, o que pode fortalecer o real a curto prazo.
Publicado por Felipe Dantas