HOME FEEDBACK

Erika Hilton aciona ONU após visto dos EUA ignorar gênero: “transfobia de Estado”

Érika Hilton afirma que o tratamento recebido pelo consulado dos EUA reflete uma política de exclusão e transfobia. A deputada planeja ações jurídicas e diplomáticas para contestar a decisão e proteger os direitos da comunidade trans.

Érika Hilton, deputada federal (Psol-SP), anunciou que acionará a ONU contra os EUA após receber um visto com identificação de gênero masculino.

A parlamentar, mulher trans, considerou o caso uma manifestação de “transfobia de Estado” e pretende tomar medidas jurídicas contra o presidente Donald Trump e suas políticas.

O incidente ocorreu após o consulado dos EUA em Brasília desrespeitar a identidade de gênero de Hilton, ignorando sua certidão de nascimento e passaporte brasileiros, ambos com identificação feminina. Como resultado, a deputada cancelou sua participação na Brazil Conference em Harvard, programada para 12 de abril.

Hilton descreveu a situação como uma “violência, desrespeito e abuso” e afirmou que o consulado cometeu uma agressão diplomática ao não reconhecer sua identidade de gênero.

Ela mencionou que o episódio reflete um decreto de Trump que reconhece oficialmente apenas dois gêneros e exclui a validade da identidade trans nos EUA. Hilton também destacou que, em 2023, obteve visto com seu gênero corretamente reconhecido.

A deputada notificou o Itamaraty e está em conversas com advogados internacionais para viabilizar uma ação contra os EUA. Hilton vê o caso como um precedente perigoso e uma política institucionalizada de exclusão que afeta os direitos humanos das pessoas trans globalmente.

Leia mais em infomoney