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Era Trump começa com pânico nos mercados e busca por ouro e prata

Investidores buscam segurança em meio à instabilidade econômica e política. A migração de ativos, como ouro e títulos de países estáveis, reflete a crescente desconfiança no sistema monetário dos EUA.

Na era Trump, o mundo financeiro enfrenta um fenômeno de busca por proteção. Com a escalada do tarifaço, investidores abandonam o mercado de capitais dos EUA em direção a “ativos de refúgio”.

Instituições financeiras e bancos centrais estão deixando títulos dos EUA por metais preciosos e dívidas soberanas mais estáveis. A demanda por ouro disparou, alcançando a máxima de US$ 3.290 por onça em abril. A prata vive tendência semelhante.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano subiram para mais de 4,5%, enquanto os títulos da Alemanha e do Japão tiveram seus rendimentos reduzidos, refletindo a busca por segurança.

A valorização de ouro e prata não é nova, começou em 2019, impulsionada por juros baixos, endividamento recorde e perda de confiança no sistema monetário ocidental. O tarifaço serviu como catalisador para essa corrida.

Bancos centrais estão diversificando além do dólar, adquirindo 1.045 toneladas de ouro em 2024, totalizando aproximadamente US$ 96 bilhões, mostrando mudanças no cenário geopolítico.

Análises de instituições como JPMorgan e Goldman Sachs indicam que as probabilidades de uma recessão nos EUA em 2025 variam entre 45% e 61%. O risco sistêmico da quebra de confiança no mercado de títulos públicos americanos também preocupa.

Para o investidor comum, a tentação de comprar metais preciosos aumenta, mas nem sempre é a melhor estratégia. Enquanto o ouro e a prata preservam valor, eles não resolvem crises humanitárias e não compram alimentos em momentos de caos.

Estar preparado para instabilidades exige diversificação patrimonial, reservas de emergência e investimentos em resiliência prática. Em tempos de desconfiança, as ações falam mais alto que discursos.

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