Equipe econômica deixa para Congresso iniciativa sobre corte de gastos
Governo evita apresentar propostas de corte de gastos e deixa responsabilidade para o Congresso. Ministros alertam que o tempo é curto e a aprovação de medidas impopulares é dificultada pelo ano eleitoral.
Equipe econômica do governo deixa iniciativas de redução de gastos para o Congresso Nacional enfrentar, evitando desgaste para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O governo se concentra em deixar colégio de líderes da Câmara e do Senado tomar a dianteira, considerando o cronograma apertado de votações e a proximidade das eleições de 2026.
Entre as medidas que não avançaram, está o projeto de mudanças previdenciárias dos militares. Se houver disposição do Congresso, Haddad encamparia mudanças em itens como:
- Benefício de Prestação Continuada (BPC)
- Seguro Defeso
- Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb)
- repasses para estados e municípios
A Fazenda considera que emendas parlamentares e outras despesas estão estrangulando o Orçamento. Reavaliação de gastos em saúde e educação também é sugerida.
Haddad frisou que novas medidas devem ser apresentadas após avaliação de viabilidade por comissão de líderes partidários. Discutiu-se sobre um pacote alternativo ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), focando em:
- cobrança de 5% sobre LCA e LCI
- aumento da CSLL de fintechs
- maior tributação sobre empresas de apostas on-line
O ministro argumentou que as propostas não afetarão o dia a dia da população e visam justiça tributária. Caso a MP não passe no Congresso, o governo poderá usar o IOF como alternativa.
CEOs de bancos privados defendem a revisão de gastos e a busca do equilíbrio fiscal não apenas pela receita. Roberto Saloutti, CEO do BTG Pactual, destacou que a elevação da carga tributária pode reduzir o PIB potencial e a eficiência do país.