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Equador escolhe novo presidente após 2.º turno caracterizado por ataques entre candidatos

Candidatos enfrentam desconfiança e apatia do eleitorado em um cenário marcado por crises econômicas e de violência. O segundo turno das eleições será decisivo para revelar a direção política do Equador diante da insatisfação popular.

O Equador realiza o segundo turno das eleições presidenciais neste sábado, 12, com os candidatos Daniel Noboa e Luísa González. O período eleitoral foi caracterizado por campanhas apáticas e ataques pessoais, sem foco em propostas concretas.

A aversão à política entre os equatorianos decorre de crises sucessivas, incluindo uma escalada da violência e uma recessão econômica. O país registrou o maior índice de homicídios da América do Sul no último ano, com uma contração de 1,5% do PIB em 2024.

O primeiro turno foi disputado, com Noboa recebendo 44,2% dos votos e González, 43,9%. No segundo turno, as pesquisas indicam um empate técnico: Noboa com 43,3% e González com 41,2%. As campanhas se encerraram em 10 de outubro.

Ambos os candidatos são impopulares e enfrentam desafios. Noboa, que ganhou a eleição de 2023 após a queda do ex-presidente Guillermo Lasso, não conseguiu combater o crime organizado. González está ligada ao ex-presidente Rafael Correa, condenado por corrupção.

A última semana de campanha incluiu atos em Quito, Guayaquil e Cuenca, e ambos buscaram apoio dos indígenas. Cerca de 30% do eleitorado considera votar nulo, refletindo uma crise de confiança crescente.

Entre os indígenas, González recebe apoio, mas é vista com desconfiança devido ao passado de governos que afetaram terras indígenas. Noboa, por sua vez, tem enfrentado críticas por suas concessões às mineradoras.

No plano institucional, Noboa fez campanha sem se afastar da presidência, enquanto o país, sob a sua liderança, enfrenta um aumento da violência e uma diplomacia isolada após a invasão da embaixada mexicana.

Noboa destaca obras de infraestrutura e militarização em sua campanha, enquanto González foca em justiça social e fortalecimento dos serviços públicos. A eleição ocorre em um contexto de crises institucionais, econômicas e de violência, com a possibilidade de González se tornar a primeira mulher presidente do Equador.

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