Equador começa a votar de olho no que dirão os observadores internacionais
Acusações de fraude marcam o clima tenso das eleições no Equador, enquanto 485 observadores internacionais acompanham o processo. O decreto de estado de exceção do presidente Noboa gera críticas sobre a legitimidade do pleito.
Equador iniciou votação neste domingo (13) às 9h (7h locais) em clima tenso, não devido à violência, mas por acusações de fraude de ambos os lados. O presidente Daniel Noboa e a opositora Luisa González estão em empate técnico.
Um total de 485 observadores internacionais acompanha a votação. O grupo da União Europeia é o mais proeminente, tendo declarado, no primeiro turno, que o processo foi democrático, apesar das alegações de Noboa sobre irregularidades.
Antes da votação, Luisa González divulgou um vídeo afirmando que teria recebido informações de que falsas atas de votação estavam sendo preparadas para criar uma narrativa de fraude, mas sem apresentar provas.
Por outro lado, membros da gestão de Noboa também expressaram suspeitas de fraude, acusando González. O voto é obrigatório e em papel, com contagem realizada nos centros de votação e envio eletrônico à autoridade eleitoral.
Um decreto do presidente na véspera instituiu um estado de exceção por dois meses, gerando críticas por afetar o direito ao voto e a ordem democrática. O Congresso unicameral expressou sua preocupação com a situação.
Políticos de Argentina e do Brasil também manifestaram suas preocupações sobre o estado de exceção. A votação se estende até às 19h (17h locais), e a participação costuma ser de aproximadamente 80% dos eleitores.