Equador chega ao segundo turno com direita e esquerda em empate técnico
Candidatos à Presidência do Equador, Daniel Noboa e Luisa González, disputam um acirrado segundo turno marcado por incertezas eleitorais e um clima de violência. Com empates técnicos nas pesquisas e questões de segurança dominando a pauta, a votação se torna um desafio em meio ao narcotráfico e tensões políticas.
Daniel Noboa e Luisa González são os candidatos à Presidência do Equador, disputando o segundo turno no próximo domingo (13). Com totens de papelão de Noboa e adesivos de González em diversos lugares, o país se prepara para um pleito com empate técnico.
As últimas pesquisas indicam que Noboa tem 41,5% das intenções de voto, enquanto González possui 41,1%, dentro da margem de erro de 1,42% pontos percentuais. No primeiro turno, Noboa e González ficaram muito próximos, com 44,17% e 44%, respectivamente.
O ambiente eleitoral é tenso, marcado por insegurança e preocupações com a violência no país, que registra a maior taxa de homicídios da América Latina. A sensação de falta de segurança aumentou com o assassinato de um candidato em 2023.
No dia 11 de agosto, González acusou o governo Noboa de dispensar os militares designados para sua segurança, o que foi negado pela administração. Além disso, a empresa de pesquisas Cedatos desistiu de realizar medições de boca de urna devido ao clima de insegurança.
O governo também fechou as fronteiras terrestres e declarou estado de exceção em várias províncias, citando o aumento da violência. Noboa e González se enfrentam pela quarta vez nas urnas, após uma disputa em que ambos tiveram relevância significativa.
Noboa, um herdeiro de fortuna e o mais jovem presidente do Equador, militarizou a segurança pública, enquanto González, ligada ao ex-presidente Rafael Correa, representa a oposição. Ambas as candidaturas têm propostas distintas e visões políticas divergentes.
Em seu breve mandato, Noboa enfrentou acusações de violações de direitos humanos e investigações sobre corrupção. Se reeleito, reforçaria um grupo de centro-direita na América do Sul, enquanto González ampliaria a lista de líderes esquerdistas.