Enviado de Trump visita centro de distribuição de ajuda em Gaza onde palestinos foram mortos a tiros

Steve Witkoff, enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, visitou um centro de distribuição de ajuda em Gaza nesta sexta-feira (1º). O comitê é apoiado por Washington, onde centenas de palestinos foram mortos por soldados israelenses, conforme a ONU.

O embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, acompanhou Witkoff e destacou a observação de um programa alimentar chamado FHG.

Desde seu início em 27 de maio, mais de 1.370 palestinos foram mortos durante entregas de ajuda, com a maioria das mortes atribuídas ao Exército israelense, segundo o Alto Comissariado da ONU.

A ONU relatou que 859 mortes ocorreram perto das instalações da FHG e 514 ao longo das rotas de transporte. A organização afirmou que as vítimas não representavam ameaças às forças de segurança israelenses.

Após bloquear a entrada de ajuda da ONU por 11 semanas, Israel substituiu o sistema humanitário por FHG, alegando que o Hamas estava roubando suprimentos. No entanto, um relatório da Usaid contrariou essa acusação.

Recentemente, imagens de crianças desnutridas geraram comoção mundial e, após denúncias de mais de cem ONGs, Israel criou corredores humanitários para comboios da ONU.

A ONG Human Rights Watch descreveu o sistema de ajuda como uma "armadilha mortal" e um local de "banhos de sangue". Desde o início do FHG, apenas quatro pontos de entrega atendem mais de 2 milhões de pessoas, em contraste com 400 centros anteriores da ONU, considerados mais eficazes.

O ex-chefe da FHG, Jake Wood, deixou o cargo antes da operação, alegando a incapacidade de seguir princípios humanitários. A ONU determina que a ajuda deve ser baseada em necessidades, sem distinções religiosas, políticas ou ideológicas, e supervisionada por uma parte neutra.