Entrevistas de emprego conduzidas por IA geram desconforto
Candidatos a empregos nos EUA estão enfrentando entrevistas conduzidas por inteligência artificial, levantando preocupações sobre a desumanização do processo. Apesar de algumas experiências positivas, muitos sentem que a interação com agentes de IA torna a busca por emprego ainda mais frustrante e impessoal.
Entrevistas de emprego por IA estão se tornando comuns com candidatos enfrentando recrutadores virtuais em vez de humanos. Jennifer Dunn, 54, teve uma experiência com um entrevistador de IA chamado Alex, que não respondeu a suas perguntas, tornando a experiência "vazia".
Candidatos expressam que essas entrevistas, promovidas pela "IA agêntica", são desumanizadoras. Charles Whitley, 22, descreveu a voz da IA como "algo de filme de terror". A prática começou a decolar no ano passado, apoiada por startups como Ribbon AI e Talently.
Arsham Ghahramani, CEO da Ribbon AI, defende que as entrevistas personalizadas podem ser mais humanizadas, adaptando-se ao candidato. A Propel Impact, organização sem fins lucrativos, destacou o aumento na selecção de candidatos com o uso da IA.
No entanto, especialistas como Sam DeMase da ZipRecruiter ressaltam que humanos ainda são necessários nas decisões de contratação, pois a IA pode conter viés.
Outros candidatos, como Emily Robertson-Yeingst, 57, relataram experiências frustrantes, sentindo-se "usados" quando os processos não se concretizaram. Em contraste, James Gu, 21, teve uma experiência mais leve e se sentiu à vontade conversando com a IA. Embora Dunn tenha participado de muitas entrevistas, ela expressou que prefere evitar futuras interações com IA.
No geral, as entrevistas por IA estão gerando reações mistas entre candidatos, refletindo a crescente automação no recrutamento.