Entrevista: ‘China hoje oferece mais oportunidades e menos riscos ao Brasil do que os EUA', diz Celso Amorim
Celso Amorim alerta para os riscos que o tarifaço de Trump representa para o sistema multilateral e a economia global. Ele destaca a importância das relações do Brasil com China e Rússia e a necessidade de resistir à ruptura do multilateralismo.
Celso Amorim, assessor internacional da Presidência, alertou sobre os riscos do tarifaço do presidente americano Donald Trump ao sistema multilateral, base da política externa brasileira.
Em entrevista ao GLOBO, ele traçou um paralelismo com a depressão econômica dos anos 1930 e o pós-Segunda Guerra Mundial, destacando que a quebra do multilateralismo pode trazer prejuízos maiores que benefícios.
Amorim enfatizou que a China atualmente oferece mais oportunidades e menos riscos que os Estados Unidos, especialmente em investimentos. A defesa do multilateralismo é forte em grupos como o Brics.
- O tarifaço representaria um risco ao sistema multilateral.
- A cláusula da nação mais favorecida é um princípio essencial no comércio internacional.
- Historicamente, rupturas econômicas contribuíram para crises, como a Segunda Guerra Mundial.
- Observa-se uma mudança de percepção nos EUA sobre as consequências do tarifaço.
- Isso poderia levar a uma recessão global, afetando países como os Estados Unidos.
- América Latina precisa ter uma posição forte e unificada.
- Brasil possui um superávit comercial com a China, contrastando com um déficit com os EUA.
- Discutiu-se a possibilidade de facilitar o comércio em moeda local no contexto dos Brics.
Amorim reforçou que o mundo atual requer articulações e posturas coordenadas para enfrentar os desafios impostos pelo cenário internacional.
Leia mais em
o-globo