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Entidades ligadas ao jornalismo defendem que investigação sobre sistema de buscas do Google seja ampliada

Entidades do jornalismo pressionam o Cade para investigar abusos do Google na exibição de conteúdo jornalístico. O inquérito administrativo destaca preocupações sobre práticas anticompetitivas e a falta de remuneração para os veículos de notícias.

Entidades de jornalismo pedem investigação aprofundada do Cade sobre o Google. O foco é a exibição de conteúdo jornalístico sem remuneração adequada. Outros países enfrentam questões similares.

O inquérito administrativo do Cade investiga se o Google abusou de sua posição dominante com o “scraping”. Essa prática retém tráfego, limita a distribuição de receitas publicitárias e reduz o acesso a sites de notícias.

Há preocupação com o “self-preferencing”, onde o Google prioriza suas próprias plataformas nos resultados de busca, prejudicando a concorrência.

O julgamento do inquérito ocorrerá na próxima quarta-feira (28) e, segundo as entidades, deve se transformar em processo. Os principais argumentos são: falta de transparência e disputa por publicidade.

A jornalista Bia Barbosa afirma que o Brasil precisa de mais informações sobre os impactos do Google na imprensa. Ela contesta a afirmação da empresa de que não exibe conteúdo publicitário.

O presidente da ANJ, Marcelo Rech, destaca a importância do Cade examinar práticas anticompetitivas, especialmente com a chegada da inteligência artificial.

O presidente da Abert, Flávio Lara Resende, reforça que o Google abusa de sua posição dominante, comprometendo a livre concorrência e a pluralidade de vozes.

A Ajor considera fundamental que o Cade tenha acesso a dados para investigar a remuneração do conteúdo jornalístico. A ABI apoia a posição das associações.

Em outros países, como nos Estados Unidos e na África do Sul, o Google enfrenta ações antitruste semelhantes, com recomendações de venda de suas plataformas de publicidade e pagamentos a veículos de notícias, respectivamente.

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