Entenda por que Collor foi preso

Fernando Collor de Mello, ex-presidente da República, foi preso na madrugada de sexta-feira (25) após a recusa do último recurso por parte do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Collor foi condenado a oito anos e dez meses por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora. A decisão para referendo será debatida em plenário na mesma data.

A defesa de Collor manifestou surpresa e preocupação, afirmando que os recursos não eram protelatórios.

Ele foi preso às 4h em Maceió (AL), no aeroporto, enquanto se preparava para voltar a Brasília. A Polícia Federal informou que Collor permanecerá detido na superintendência da PF em Maceió até definição do local de cumprimento da pena.

Condenado em 2023, Collor cometeu corrupção passiva e lavagem de dinheiro, recebendo R$ 20 milhões para favorecer a UTC Engenharia em contratos com a BR Distribuidora entre 2010 e 2014.

No esquema, teve apoio de empresários que também foram condenados a 4 anos e 1 mês de reclusão.

A prisão foi efetuada após a rejeição de mais um recurso. Em 2015, a denúncia contra Collor foi feita pela Procuradoria-Geral da República após delação de Ricardo Pessoa.

Collor foi condenado por 6 a 4 em maio de 2023, mas seus advogados apresentaram embargos, que foram rejeitados em novembro de 2024.

Na quinta-feira (24), Moraes determinou a prisão imediata, alegando que os recursos visavam apenas atrasar o processo. A defesa nega essa intenção.

A partir das 11h desta sexta-feira, a decisão será avaliada no plenário virtual. Collor tem ainda a permissão de exercer cargo público suspensa por 16 anos e deverá pagar multa de 90 dias, além de devolver R$ 20 milhões à União.