Entenda os 10 recados de Hugo Motta para Haddad e Lula na crise do IOF

Hugo Motta critica a política fiscal do governo e impõe prazo para alternativas à elevação do IOF. Presença de Lula nas discussões é cobrada para evitar agravamentos na crise política.

Presidente da Câmara, Hugo Motta, criticou a equipe econômica e fez cobranças ao governo Lula e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunião com líderes partidários.

Ele expressou insatisfação no Congresso com a política de aumento de impostos e alertou que, sem alternativa ao decreto que eleva o IOF, o Legislativo poderá derrubá-lo.

Abaixo, os principais pontos abordados por Motta:

Ação no Judiciário pode piorar a crise: Motta afirmou que recorrer ao STF após a derrubada do decreto do IOF agravaria a situação política.
Diálogo em vez de votação: Tanto Motta quanto o presidente do Senado optaram por buscar uma solução negociada, em vez de votar imediatamente a revogação do decreto.
Prazos para alternativas: O Congresso deu um prazo de 10 dias para o governo apresentar uma solução alternativa, ou o PDL entrará em pauta.
Criar grupo para rever isenções: Será formado um grupo de trabalho para discutir os benefícios fiscais vigentes.
Orçamento insustentável: Há consenso entre os líderes sobre a necessidade de enfrentar os limites do modelo atual de gastos públicos.
Perigo de ingovernabilidade: Se reformas não forem implementadas, o país poderá se tornar ingovernável no futuro.
Medidas improvisadas: O uso do IOF como medida emergencial foi criticado por Motta, que cobrou um planejamento mais estruturado.
Foco em arrecadação: Motta ressaltou que o Congresso está cansado de propostas apenas voltadas para o aumento de impostos.
Presença de Lula: Motta pediu que o presidente Lula se envolvesse mais nas discussões para viabilizar alternativas.
Emendas não são temidas: Frente a possíveis retaliações, Motta afirmou que o Congresso não teme o congelamento de emendas parlamentares e está disposto a colaborar com o ajuste fiscal.