Entenda o que é a Lei Magnitsky, que pode ser usada contra Moraes
EUA consideram sanções ao ministro Alexandre de Moraes baseadas na Lei Magnitsky. A medida busca punir ações de censura contra cidadãos e empresas de tecnologia.
A Lei Magnitsky, que pode ser utilizada pelos EUA para punir o ministro Alexandre de Moraes, entrou em vigor em 14 de dezembro de 2012.
A lei tem duas partes:
- Comercial
- Direitos Humanos
Na semana passada, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, confirmou a possibilidade de sanções contra Moraes.
Recentemente, novas restrições para vistos foram anunciadas contra autoridades que tomam ações de censura contra cidadãos e empresas de tecnologia.
A lei formalmente se chama "Revogação da Rússia e da Moldávia da Emenda Jackson Vanik e Lei Sergei Magnitsky de Responsabilidade pelo Estado de Direito de 2012".
Em sua primeira parte, trata de normalizar relações comerciais com Rússia e Moldávia, retirando estas do âmbito da Emenda Jackson-Vanik.
Em 2011, a Rússia foi convidada a entrar na OMC, e a revogação da Emenda era necessária para o reconhecimento das relações.
Durante o governo de Obama, sanções foram aplicadas a oficiais russos envolvidos em abusos democráticos.
A segunda parte da lei impõe sanções a indivíduos russos envolvidos em violações de direitos humanos, começando com o caso de Sergei Magnitsky, advogado morto em 2009.
A inclusão de um nome na lista de sancionados não requer julgamento; pode ser feita por ato administrativo do presidente dos EUA.
As sanções incluem:
- Proibição de entrada nos EUA
- Congelamento de bens e ativos
O Departamento de Estado e o Tesouro relatam ao Congresso sobre os sancionados. Em 2016, a lei foi expandida para sancionar indivíduos de outros países envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos.
Isso resultou na criação do regime Magnitsky global, que permite a outros países como Canadá e Reino Unido adotarem legislações semelhantes.
Os efeitos da lei em outros países dependem da adesão de governos e instituições financeiras estrangeiras.