Entenda as acusações contra Nikolas Ferreira, que pode ficar inelegível até 2033

Deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se torna réu por crimes eleitorais no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).

A decisão, aceita em 25 de agosto, envolve três parlamentares estaduais do mesmo partido e a acusação está relacionada a uma campanha de desinformação contra o então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), durante o segundo turno das eleições de 2024.

Se condenado por difamação e divulgação de fake news, Nikolas poderá ser declarado inelegível até 2033, impossibilitando sua participação nas eleições da próxima década.

O Ministério Público Eleitoral afirma que os réus, incluindo Bruno Engler e Delegada Sheila, agiram para prejudicar a imagem de Fuad Noman, utilizando distorções e informações falsas.

As falsas informações foram disseminadas por rádio, televisão e redes sociais. Engler foi o adversário na eleição, recebendo 46,27% dos votos, enquanto Fuad obteve 53,73% antes de falecer em março de 2025.

Além disso, Nikolas é acusado de desrespeitar decisão judicial, mantendo postagens após ordem de remoção da Justiça Eleitoral, que já havia determinado esse proceder.

A nova ação, agora criminal, avança mesmo após a morte do ex-prefeito, com apenas um réu, Victor Lucchesi, admitindo os crimes e firmando acordo com o MP. Outros réus devem apresentar defesa prévia em 10 dias.

Após coleta de provas e depoimentos, o juiz Marcos Antônio da Silva proferirá a sentença. Caso condenados, poderão recorrer ao TRE-MG, ao TSE e, eventualmente, ao STF.

Uma condenação pré-eleitoral em 2026 implicaria um impedimento por oito anos baseado na Lei da Ficha Limpa.

Nikolas minimizou o processo em seu canal no Telegram: “Querem calar milhões, mas estamos aqui.” Em 2022, ele foi o deputado federal mais votado do Brasil, com 1,49 milhão de votos.