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Entenda a crise entre os Estados Unidos e o Irã

Negociações entre Estados Unidos e Irã em Omã buscam evitar o avanço do programa nuclear iraniano. As conversas ocorrem sob forte desconfiança e à luz de ameaças militares por parte dos EUA.

Negociadores americanos e iranianos se reuniram em Omã no último sábado (12) para reativar conversas sobre o programa nuclear do Irã. As negociações são indiretas, com delegações em salas separadas.

Essa é a primeira tentativa de diálogo desde que Donald Trump abandonou o acordo de 2015, que previa o fim das sanções em troca da limitação do programa nuclear iraniano.

O pessimismo afeta as discussões, com os EUA mantendo uma postura militar pronta para ação caso as negociações não avancem.

A desconfiança entre EUA e Irã data de 1953, após a derrubada do governo iraniano que havia nacionalizado uma empresa petrolífera. Em 1979, a Revolução Islâmica resultou em uma crise de reféns e o fim das relações diplomáticas.

Após décadas de conflitos, sancões e tentativas de negociação, o acordo JCPA foi alcançado em 2015 durante a presidência de Barack Obama. Trump, ao assumir, retirou os EUA do acordo em 2018, alegando que o Irã apenas buscava tempo para desenvolver armas nucleares.

Desde então, o Irã acelerou a produção de material físsil. A ONU alertou que o país está próximo de conseguir uma bomba atômica em meses.

O contexto atual é de fraqueza do regime iraniano, com problemas econômicos, protestos e desafios militares perante Israel. Após a morte do presidente Ebrahim Raisi em 2024, Trump fez uma série de ameaças e concentrou forças militares na região.

Os iranianos, sob pressão, concordaram com a mediação indireta em Omã. Contudo, o governo Trump busca uma solução que remete ao modelo Gaddafi, o que gera incertezas sobre a efetividade das negociações.

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