Enquanto negocia tarifaço de Trump, Alckmin discute acordo do Mercosul com europeus
Alckmin busca apoio do Parlamento Europeu para finalizar acordo entre Mercosul e UE. Resistências de alguns países europeus e questões ambientais podem complicar a aprovação do tratado.
Geraldo Alckmin, presidente em exercício, reuniu-se com membros do Parlamento Europeu nesta segunda-feira para discutir o acordo Mercosul-União Europeia.
A expectativa é que o tratado de livre comércio, fechado em dezembro de 2024, seja assinado até o fim deste ano.
Para a parte comercial entrar em vigor, é necessária a aprovação do Parlamento Europeu. A avaliação do governo brasileiro é que a chance de aprovação aumentou devido às políticas protecionistas do presidente Donald Trump.
No entanto, existem resistências na Europa. Governos da França, Irlândia e outros países com subsídios agrícolas se opõem ao acordo, citando questões ambientais.
O Brasil concordou em incluir um texto de compromisso que proíbe a exportação de produtos de áreas desmatadas ilegalmente para a Europa.
Além disso, Brasil, UE, China, Canadá, Japão e outros países enfrentam altas tarifas sobre suas exportações.
No dia 1º, uma sobretaxa de 50% sobre exportações brasileiras deve entrar em vigor.
Alckmin recebeu integrantes da Comissão do Comércio Internacional (Inta) do Parlamento Europeu, com cerca de 30 participantes no encontro.