Enquanto mercado comemora, montadoras americanas criticam acordo comercial entre EUA e Japão
Indústria automobilística americana critica acordo comercial com Japão, que favorece importações em detrimento da produção local. Diretores alertam que os termos podem prejudicar a competitividade das montadoras dos EUA em relação a veículos fabricados na América do Norte.
Bolsa de Nova York atinge recorde após acordo comercial entre EUA e Japão.
Entretanto, a indústria automobilística americana critica a negociação.
O acordo favorece importações de veículos japoneses com tarifas menores que as impostas a veículos do México e Canadá, onde estão as fábricas de Detroit.
Matt Blunt, do Conselho de Política Automotiva dos EUA (AAPC), chamou o entendimento de "mau acordo".
O novo acordo estabelece uma tarifa de 15% para veículos japoneses, reduzindo a antiga de 25%.
A indústria japonesa, que representa 8% dos empregos no Japão, se beneficiará dessa redução.
O AAPC já ajustou suas cadeias de fornecimento com base no Tratado de Livre Comércio entre México, EUA e Canadá (T-MEC) de 2020.
Blunt ressaltou que um acordo que favorece importações japonesas, com baixo conteúdo americano, é prejudicial.
Negociações adicionais estão em andamento com países como Coreia do Sul e Alemanha, que também enfrentam tarifas de 25%.
Executivos da GM antecipam novas tarifas mais baixas nas discussões comerciais.