Enoturismo impulsiona boom imobiliário em Espírito Santo do Pinhal, no interior de SP

Espírito Santo do Pinhal: cidade histórica fundada em 1849, com 39 mil habitantes, se destaca no mercado imobiliário paulista.

Sem tradição turística, a cidade viu o preço do alqueire sextuplicar em seis anos. O início da valorização remonta a 2016, quando a Vinícola Guaspari ganhou sua primeira medalha de ouro no Decanter World Wine Awards. O sucesso atraiu investidores e turistas.

Antigas fazendas de café, antes negligenciadas, estavam à venda a preços acessíveis. A proximidade com estradas asfaltadas e altitudes de 1100 m contribuíram para o interesse.

A agrônoma Juliana Do Val fundou a vinícola Face Norte e planeja um condomínio de alto padrão. “Terrenos em Pinhal são bem mais baratos comparados a Campos do Jordão”, destaca.

O ex-vice-presidente da Mastercard, Sergio Batista, expandiu sua vinícola Merum e planeja um condomínio com estilo elegante. Patricia Fleury se tornou corretora de imóveis, relatando que o preço do alqueire foi de R$ 80 mil em 2019 a R$ 500 mil em 2022.

O enoturismo e eventos esportivos atraem cerca de 100 mil turistas anuais, mas a falta de leitos é um desafio, com apenas um hotel e poucas pousadas disponíveis.

Empreendimentos como a pousada Vila Alto dos Pinhais e um novo condomínio temático estão em desenvolvimento, revelando o crescente interesse na cidade.

Uma nova legislação urbanística foi aprovada em 31 de dezembro de 2024, visando expansão urbana e áreas industriais. Novas leis serão necessárias para regular a ocupação e garantir um desenvolvimento sustentável.

O engenheiro ambiental Alan Romão alerta sobre a importância de preservar a natureza, a fim de evitar problemas urbanas no campo.