Enchentes no RS: por que não há 'nada pronto' para evitar inundações 1 ano depois
Um ano após as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, a reconstrução enfrenta atrasos significativos devido à burocracia e disputas políticas. Prefeituras e governos tentam acelerar as obras, mas a falta de agilidade tem deixado regiões vulneráveis a novas inundações.
Um ano após as enchentes no Rio Grande do Sul, a recuperação enfrenta desafios. Bilhões em dinheiro público foram alocados para a reconstrução, mas muitas obras estão paralisadas.
A falta de progresso em moradias, pontes e sistemas de prevenção gera disputas políticas entre governo federal, estadual e prefeituras.
O engenheiro ambiental Fernando Fan alerta que, sem novas ações, uma nova cheia seria devastadora. Ele ressalta a lentidão da burocracia como um dos principais obstáculos.
Investimentos em projetos como obras contra cheias na região metropolitana de Porto Alegre devem levar de dois a três anos para serem concluídos. Fan menciona que editais foram publicados, mas a previsão é de que os dados estejam disponíveis em até dois anos.
O governo estadual de Eduardo Leite enfrenta críticas por R$ 6,5 bilhões parados, recebidos do governo Lula para prevenção de enchentes. O deputado Paulo Pimenta exige agilidade na execução dos projetos, responsabilizando também as prefeituras.
A gestão de Leite defende que as obras são complexas e demandam estudos técnicos atualizados, citando mudanças nos padrões de cheias.
Além disso, houve redução do montante federal inicialmente anunciado, de R$ 111,7 bilhões, após questionamentos sobre valores inflacionados.
O prefeito de Sério, Sidinei Moisés de Freitas, aponta a dificuldade na construção de novas moradias em meio à burocracia e à falta de terreno adequado, com apenas 1.850 casas entregues das 22 mil prometidas pelo governo federal.
Freitas destaca que as prefeituras estão sobrecarregadas e sem equipe técnica suficiente para agilizar todos os projetos de recuperação, mas reconhece o apoio financeiro recebido de ambos os governos.