Empréstimo à Argentina é aprovado pelo Conselho Executivo do FMI; desembolso imediato é de US$ 12 bi
FMI aprova empréstimo de US$ 20 bilhões para Argentina em meio a crise econômica. O governo argentino se compromete a implementar reformas fiscais e cambiais como condições para o desembolso.
Conselho Executivo do FMI aprovou, em 11 de novembro, o programa de socorro à Argentina, com duração de 48 meses e total de US$ 20 bilhões.
Imediatamente, US$ 12 bilhões serão desembolsados.
Próximas parcelas dependem de revisões periódicas, com a primeira prevista para junho.
O governo de Javier Milei poderá receber US$ 2 bilhões se cumprir requisitos em dois meses.
Antes do anúncio, o governo Milei decidiu flexibilizar as regras cambiais, um dos pré-requisitos do empréstimo. O dólar oficial flutuará entre 1 mil e 1,4 mil pesos argentinos.
Quando o valor ficar abaixo do limite inferior, o Banco Central argentino comprará dólares; se ultrapassar o teto, venderá.
O acordo exige que a Argentina mantenha uma âncora fiscal e implemente reformas estruturais para uma economia mais dinâmica.
A nota do FMI destaca que o programa pode catalisar mais financiamentos de fontes multilaterais e facilitar o retorno aos mercados de capitais internacionais.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, elogiou a transição do regime cambial e a disciplina fiscal da Argentina.
O Congresso argentino aprovou o acordo com 129 votos a favor, numa votação que coincide com protestos em Buenos Aires contra o ajuste fiscal.
O novo empréstimo se soma a US$ 44 bilhões já devidos ao FMI, provenientes de um empréstimo recorde de 2018.