Empresas ‘pisam no freio’ no Drex e chamam atenção para dificuldades com o BC
Duas grandes empresas, Microsoft e EY, reduzem participação no projeto Drex devido a altos requisitos do Banco Central e desafios na implementação da privacidade. Apesar dos obstáculos, outras instituições financeiras ainda se dedicam ao avanço da nova infraestrutura descentralizada no Brasil.
Empresas desaceleram participação no Drex devido a altos requisitos do Banco Central (BC) e custos elevados.
A Microsoft e a consultoria EY reduziram seu envolvimento no projeto piloto do Drex, enfrentando desafios significativos.
Após a convocação pública do BC, nenhum novo caso de uso foi selecionado por falta de recursos.
O principal obstáculo é a busca por uma ferramenta de privacidade para transações na nova plataforma, que deve respeitar a lei de sigilo bancário.
Três ferramentas de privacidade foram testadas, mas nenhuma atendeu a todos os requisitos do BC. A ZKP Nova, da Microsoft, será testada na segunda fase, agora com a Hamsa.
A EY perdeu os profissionais envolvidos no Drex e enfrenta ceticismo quanto à eficácia da Starlight para resolver problemas de privacidade.
O atual presidente do BC, Gabriel Galípolo, tem menos entusiasmo pelo Drex comparado ao seu antecessor, Roberto Campos Neto, mas é um conhecedor do projeto.
Críticas ao Drex também vêm de alguns políticos, como o ex-deputado Eduardo Bolsonaro, que o acusa de controle financeiro.
O secretário executivo do BC, Rogério Lucca, reafirmou que o Drex é um projeto estratégico da agenda de inovações do BC.
Apesar dos desafios, as instituições financeiras permanecem empenhadas no projeto. O BV, por exemplo, está avançando na tokenização de ativos.
O Bradesco também reafirmou seu comprometimento com o Drex, destacando o entusiasmo nas equipes envolvidas.