Empresas no Brasil tentam se reposicionar diante do caos de tarifas de Trump
A guerra comercial entre Estados Unidos e China gera incertezas para empresários brasileiros, que enfrentam desafios e oportunidades diante das novas tarifas impostas. O cenário volátil afeta não apenas as exportações, mas também a competitividade no mercado interno, com potencial de impacto na inflação e na estrutura de produção.
Escalada tarifária de Trump ameaça economia global
A escalada tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, sob a China, pode destruir a ordem econômica vigente. A ascensão da China e o consumo americano sempre estiveram interligados.
Com o aumento das tarifas, um "divórcio litigioso" se aproxima, impactando negativamente os negócios brasileiros. Empresários relatam encomendas suspensas e investimentos adiados, mas também oportunidades de exportação para os EUA.
Tarifas atuais:
- 125% sobre produtos americanos na China;
- 145% de tarifas chinesas nos EUA;
- 10% sobre produtos brasileiros, incluindo 25% no aço.
Empresas brasileiras se adaptam:
A Forbal Automotive investiu R$ 4 milhões em um centro de distribuição na Flórida para aproveitar a demanda de fabricantes americanos. Expectativa de 50% da receita em exportações até 2028.
A Usaflex recebeu consultas de varejistas americanos, já que as tarifas tornam inviável a compra de produtos asiáticos. O CEO avaliou que novas importações da Ásia no Brasil podem gerar competição desleal.
A iGUi mudou sua estratégia de exportação, reduzindo custos ao enviar piscinas do Brasil diretamente, favorecendo sua competitividade no mercado americano.
A Tecnorise enfrenta desafios de expansão nos EUA devido ao tarifário crescente, e estuda novos mercados, como Europa e América do Sul.
A Della Foods recebeu pedidos antecipados devido à incerteza das tarifas, citando o impacto na inflação e custos de produção.
A Kidy viu aumento na procura por seus produtos, acreditando que as tarifas sobre os chineses oferecem uma chance única de entrar no mercado americano.
A Brawel Máquinas suspendeu vendas para os EUA em meio à incerteza, mas se beneficia da competitividade em relação aos produtos chineses.
Por fim, a iGUi permanece atenta às mudanças políticas de Trump, avaliando futuras ações de produção nos EUA, dependendo da demanda.