Empresas dizem que China exige informações sigilosas para vender terras raras
Empresas ocidentais enfrentam pressão para revelar dados sensíveis ao buscar exportações de terras raras e ímãs da China. A exigência levanta temores sobre a proteção de segredos comerciais em meio a um cenário de crescente controle chinês sobre esses materiais críticos.
Empresas ocidentais denunciam que a China está exigindo informações comerciais sensíveis para aprovações de exportação de terras raras e ímãs.
O Ministério do Comércio de Pequim pediu detalhes de produção e listas confidenciais de clientes. Essas matérias-primas são essenciais para tecnologia avançada como eletrônicos e veículos elétricos.
O diretor executivoda Magnosphere, Frank Eckard, comentou que as exigências incluem “informações confidenciais” para que empresas obtenham aprovação. Segundo ele, é uma estratégia da China para obter dados de maneira “oficial”.
As autoridades chinesas aumentaram o controle de exportação de sete metais críticos em abril, levando empresas a garantir suprimentos rapidamente. Isso ameaça o consenso de Genebra, que visava reduzir tarifas entre EUA e China.
Na última terça-feira (10), foi anunciado um princípio de acordo entre os dois países sobre terras raras, mas a China não garantiu o cancelamento de seus controles de exportação.
A China exige que empresas estrangeiras apresentem dados extensivos, incluindo informações de produção, imagens e detalhes de relações anteriores. Isso levanta preocupações sobre o roubo de segredos comerciais.
Matthew Swallow, da Magnet Applications, relatou que sua empresa teve pedidos rejeitados por falta de evidências, resultando em maior divulgação de informações.
Jens Eskelund, da Câmara de Comércio da UE na China, ressalta que as exigências dificultam a solicitação de licenças de exportação por empresas em setores sensíveis.
Enquanto isso, muitos ainda priorizam a obtenção de ímãs de terras raras em detrimento das preocupações de segurança a longo prazo.