Empresa americana cria modelos de risco climático para seguro no Brasil
Guy Carpenter desenvolve modelos específicos para riscos climáticos no Brasil, com foco em alagamentos, vendavais e incêndios. A iniciativa visa aprimorar a oferta de seguros e ampliar o acesso a coberturas em áreas de maior vulnerabilidade.
Guy Carpenter, corretora americana de seguros, inicia a criação de modelos para medir riscos climáticos no Brasil.
Já finalizou a metodologia para alagamentos e está preparando modelos para vendavais e incêndios.
Diferente de outras empresas que usam modelos internacionais, os da Guy Carpenter são os primeiros feitos detalhadamente para o país.
O presidente no Brasil, Pedro Farme, afirma que esses modelos ajudam seguradoras a dimensionar riscos regionais e projetar o impacto das alterações climáticas.
Essa **projeção é fundamental** para definir preços e oferecer seguros, especialmente em áreas críticas onde eventos climáticos extremos estão levando à suspensão de ofertas de seguros.
Farme observa que maiores dados proporcionam resultados mais precisos, como demonstrado em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, onde o aumento médio da temperatura eleva significativamente os danos.
A vice-presidente Stephanie Fonseca ressalta que a mudança de foco para vendavais ocorreu após as enchentes no Rio Grande do Sul.
A Guy Carpenter desenvolveu modelos de desastres climáticos mundialmente, com aprimoramentos que permitem liquidações rápidas de resseguros em caso de furacões.
O IRB (Re) também trabalha em modelos climáticos adaptados ao Brasil, buscando acelerar processos com a ajuda da Guy Carpenter.
A discussão sobre mudanças climáticas no setor de seguros cresce, especialmente após eventos climáticos severos no Brasil.
A CNseg terá presença na COP30, focando no papel dos seguros nas mudanças climáticas, que não foi abordado em edições anteriores.
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, destaca que é crucial apresentar soluções para não ser excluído das decisões públicas sobre o tema.
Os impactos das mudanças climáticas foram discutidos no Fórum de Seguros Brasil – França, promovido pela CNseg e France Assureurs.