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Emprego industrial tem 1ª queda em 18 meses; uso do parque fabril também recua e setor vê desaceleração da atividade

CNI aponta queda no emprego e na capacidade instalada da indústria em abril, sinalizando desaceleração do setor. Cenário de juros altos e diminuição da demanda agrega preocupações sobre o futuro econômico.

Indústria de transformação mostra sinais de desaceleração em abril, com recuo de 0,4% no emprego industrial e queda na capacidade instalada.

Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que realizou pesquisa em 12 estados, representando 94% do PIB industrial.

De acordo com Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, a queda é "bastante significativa" e reflete a desaceleração da indústria.

Após 17 meses de crescimento, o emprego parou de crescer em março e caiu em abril devido à queda da demanda. O uso do parque fabril também caiu 0,6 pontos percentuais, atingindo 77,9%.

Além disso, as horas trabalhadas na produção tiveram uma retração de 0,3% e o faturamento real da Indústria de transformação caiu 0,8% de março para abril, marcando a segunda queda consecutiva.

Apesar da queda, a massa salarial e o rendimento médio real aumentaram em abril, mas apenas parcialmente recompõem as perdas anteriores.

A situação ocorre em um cenário de juros elevados, com a taxa Selic em 14,75%, o maior nível em 20 anos. O Banco Central enfatiza que a desaceleração é necessária para controlar a inflação.

As projeções do mercado indicam um crescimento mais lento da economia, estimando 2,13% para 2025, enquanto o BC projeta 1,9%.

Segundo a última ata do Copom, o "hiato do produto" está positivo, e os juros altos já estão impactando a atividade econômica e a geração de empregos.

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