Emissões no exterior já somam US$ 15,5 bi e superam igual período de 2024
O Brasil se destaca no mercado de dívida externa em 2025, superando os números do ano passado. Apesar da volatilidade causada pela administração de Donald Trump, as emissões continuam a atrair investidores.
Brasil capta mais em dívida externa em 2025
O Brasil já levantou US$ 15,5 bilhões em emissões de títulos de dívida externa de janeiro a junho de 2025, superando os US$ 11,8 bilhões do mesmo período em 2024.
No dia 4 de junho, o Tesouro Nacional captou US$ 2,75 bilhões e a Gerdau emitiu US$ 650 milhões, com alta demanda e custos adequados.
O mercado, porém, segue incerto por conta das políticas do governo Trump, dificultando a identificação de janelas para novas emissões.
Após o Libération Day em abril, as empresas de maior classificação passaram a embutir prêmios elevados. A estabilização de alguns indicadores permitiu que o Brasil e outras empresas latino-americanas acessassem o mercado.
Os executivos notam que há muita liquidez no mercado, mas com uma abordagem mais seletiva por parte dos fundos.
A Gerdau atraiu investidores baseados em uma tese defensiva devido às tarifas de importação do aço.
Empresas com grau de investimento devem se sair bem, enquanto o Tesouro, apesar da mudança de perspectiva da Moody's, reabriu um título com vencimento em 2035 com custo competitivo.
Mesmo empresas fora do grupo de grau de investimento encontram liquidez, mas o custo é menor para levantar recursos no mercado local.
A Petrobras, que costumava emitir frequentemente no exterior, agora está se voltando para o mercado local, emitindo R$ 3 bilhões em debêntures.
Publicado no Broadcast+ em 05/06/2025, às 18:20.