“EMBR3 rumo a máximas”: analistas têm forte otimismo após Embraer escapar do tarifaço
Analistas veem a decisão dos EUA como uma virada crucial para a Embraer, que recuperou parte do valor perdido nas ações. Expectativas otimistas se intensificam com a divulgação de resultados e uma carteira de pedidos recorde.
Ações da Embraer (EMBR3) apresentaram recuperação significativa na quarta-feira (30), após uma queda de 15% desde 9 de julho, em meio ao anúncio de tarifas comerciais dos EUA.
Inicialmente, a ação caiu após o decreto que aumentaria as tarifas para produtos do Brasil, mas a Embraer foi excluída de algumas taxações, garantindo tarifa de 10% nas exportações para o mercado americano, que é fundamental para a empresa.
Como resultado, as ações EMBR3 fecharam em alta de 10,93%, a R$ 76,25, enquanto o ADR ERJ subiu 10,54%, a US$ 54,83.
O estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, destacou que o lobby corporativo teve influência significativa na decisão do governo Trump em relação às tarifas. Jeff Patzlaff, especialista em investimentos, também ressaltou a importância da manutenção de custos para não prejudicar a produção americana.
Com a exclusão das tarifas, a Embraer retoma as promessas de valorização, com analistas como o JPMorgan recomendando exposição acima da média para as ações, prevendo novas máximas históricas, e o Itaú BBA afirmando um potencial de valorização atrativo. O Bradesco BBI também manteve recomendação outperform para o ADR ERJ.
Os analistas observaram que, apesar das aeronaves militares não estarem isentas, a Embraer não possui esses modelos em carteira para os EUA. As tarifas de 50% poderiam impactar o EBIT em 35% em 2025, mas com a nova condição de 10%, esse risco foi amplamente reduzido.
O foco agora se volta para a teleconferência de resultados do 2T25, marcada para 5 de agosto, onde espera-se que a Embraer trate das tarifas e suas implicações futuras.