‘Embate amarrado’ e ‘jogo do contente’: Colunistas do Estadão analisam interrogatório de Bolsonaro
Jair Bolsonaro foi interrogado no STF em um tom cordial, pedindo desculpas ao ministro Alexandre de Moraes. A repercussão do depoimento reacende especulações sobre sua possível condenação e as implicações para a corrida eleitoral de 2026.
Interrogatório de Jair Bolsonaro no STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi interrogado em 10 de outubro pelo ministro Alexandre de Moraes no processo sobre tentativa de golpe de Estado. O tom da conversa foi cordial, com pedidos de desculpas de Bolsonaro aos ministros da Corte.
Analistas do Estadão destacam possíveis desdobramentos do interrogatório, que pode influenciar o debate público e as eleições de 2026.
Bolsonaro tentou se apresentar como vítima, admitindo exageros em sua retórica e se mostrando como um homem de fé, enquanto Moraes manteve uma postura gentil. Segundo colunistas, Bolsonaro procurou normalizar suas ações, o que pode alinhar-se com as delações sobre suas atividades.
Bolsonaro fez uma piada ao sugerir que Moraes poderia ser seu vice em uma futura candidatura, surpreendendo a todos. Após o interrogatório, o julgamento voltou a ser um dos principais tópicos nas redes sociais, atingindo 23,6% das menções políticas, conforme análise do colunista Sergio Denicoli.
Como apontado pelo colunista Silvio Cascione, o interrogatório reacendeu especulações sobre uma possível condenação e prisão de Bolsonaro antes de 2026, potencialmente abrindo espaço para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na corrida presidencial. Contudo, seu futuro político depende não apenas dos desdobramentos judiciais, mas também da força de Lula.