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Embaixada dos EUA oferece US$ 10 mi a brasileiros por informação do Hezbollah sem avisar Itamaraty

EUA oferecem recompensa de R$ 10 milhões por informações sobre Hezbollah na Tríplice Fronteira, gerando desconforto entre militares brasileiros. A iniciativa ocorre durante visita do almirante Alvin Holsey, que deverá se encontrar com autoridades de Defesa do Brasil.

A Embaixada dos EUA em Brasília anunciou uma recompensa de até R$ 10 milhões por informações sobre os "mecanismos financeiros do Hezbollah" na Tríplice Fronteira.

A medida coincide com a visita do almirante Alvin Holsey, chefe do SouthCom, que se encontrará com o ministro da Defesa do Brasil e líderes militares. A oferta gerou desconforto entre os militares brasileiros, que a consideraram uma provocação.

General sem nome criticaram a iniciativa, afirmando que compromete o diálogo e cooperação com os EUA, preferindo a "lacração de internet" a um trabalho sério. As embaixadas no Paraguai e na Argentina também replicaram a oferta.

Holsey tem programação para se reunir com o comandante do Exército, mas cancelou uma visita planejada à região amazônica. O Hezbollah, classificado como organização terrorista pelos EUA, tem atividades ilícitas na América do Sul, como lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

A Embaixada não respondeu a questionamentos do Estadão sobre a notificação ao Itamaraty e as implicações da oferta. O governo brasileiro ainda não se manifestou.

Preocupa militares a possibilidade de que os EUA façam operações ilegais no Brasil, o que já aconteceu em outras nações. O Estadão publicou que o traficante turco Eray Uç, preso no Brasil, estava ligado ao Hezbollah através de uma rede internacional de tráfico.

A embaixada americana encoraja a população a reportar atividades suspeitas por meio de aplicativos como Signal, Telegram e WhatsApp.

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