Em últimos escritos, papa protege a doutrina da Igreja Católica com estilo próprio

Papa Francisco, falecido recentemente, foi conhecido como reformista e guardião da tradição católica. Um de seus últimos textos, um prefácio para um livro da Fundação Youcat, reafirma a posição da Igreja sobre o casamento, que deve ser entre um homem e uma mulher.

No prefácio, Francisco destaca a importância sagrada do matrimônio, utilizando a analogia do tango para ilustrar a beleza do compromisso. Raúl Zegarra, da Universidade Harvard, descreveu o texto como uma “confirmação de um legado”.

Francisco empregou um estilo pragmático e compassivo, utilizando símbolos e metáforas em sua comunicação. Essa abordagem ajudou a conectar-se com um público diversificado, em contraste com seu antecessor, Bento 16. Ele se tornou conhecido como "o papa do povo", focando nas realidades da vida cotidiana, como a pobreza e o sofrimento.

Seu prefácio também aborda a realidade dos divórcios e a dificuldade de viver os mandamentos da Igreja. Apesar de não ter mudado a doutrina, ele buscou expandir a teologia do matrimônio para incluir todos, celebrando casamentos de casais divorciados e permitindo a comunhão para católicos recasados.

A Fundação Youcat confirmou que a carta não será incluída no livro pós-morte de Francisco, mas ela reflete seu estilo e políticas. Em suas palavras finais, Francisco apela à crença no amor e na capacidade de engajamento em uma união duradoura, enfatizando que "até segunda ordem" não é amor.