Em reunião fechada, Lula cobra centrais nas ruas e defende 'nova forma de sindicalismo'
Lula pede mobilização das centrais sindicais e a apresentação de prioridades em meio ao distanciamento com a classe trabalhadora. Presidente opta por não comparecer aos atos do 1º de Maio e promete diálogo contínuo com os trabalhadores.
Reunião entre Lula e líderes sindicais
No dia 29 de abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com líderes de centrais sindicais no Palácio do Planalto, em preparação para o 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador.
Lula pediu que os sindicatos “ocupem mais as ruas” e ajudem a encontrar “uma nova forma de sindicalismo” no Brasil, evidenciando o distanciamento atual entre seu governo e a classe trabalhadora. Ele não comparecerá às celebrações do 1º de Maio em São Paulo, uma tradição do PT.
O encontro ocorreu após uma marcha em Brasília, onde líderes sindicais entregaram uma agenda de demandas ao presidente. Estiveram presentes representantes da:
- Central Única dos Trabalhadores (CUT)
- Força Sindical
- União Geral dos Trabalhadores (UGT)
- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
- Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
- Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
A reunião foi fechada à imprensa, permitindo apenas fotos do início. Lula comentou sobre a extensa lista de demandas, pedindo que as centrais escolhessem três prioridades para o governo articular no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso Nacional.
O presidente comprometeu-se a levar as reivindicações a suas áreas de governo e a realizar uma nova reunião para atualizar os sindicatos sobre o progresso das medidas.
Entre as propostas, destaca-se a sugestão de fim da escala 6x1, assunto que Lula disse ser de discussão no Congresso.
Por fim, Lula gravou um pronunciamento para ser exibido em rede nacional na véspera do 1º de Maio, optando por não participar dos atos presenciais nesta data.