HOME FEEDBACK

Em reorganização global, Nissan quer fazer de Resende hub de exportação para América Latina

Nissan investe R$ 2,8 bilhões na fábrica de Resende para impulsionar a produção de SUVs e um novo motor turbo, visando exportar para 20 países na América Latina. Com essa nova estratégia, a montadora busca se tornar um hub de exportação na região, apesar de não haver planos para enviar veículos aos Estados Unidos.

Nissan planeja expansão na América Latina com a fábrica de Resende, no Sul Fluminense, se tornando plataforma de exportação para até 20 países da região. A montadora anunciou um investimento de R$ 2,8 bilhões para novos SUVs e um motor turbo.

A nova geração do Kicks começará a ser produzida em breve, e um segundo SUV está programado para ser lançado até março de 2026. Este último será exclusivo do Brasil e atenderá o mercado latino-americano.

Guy Rodríguez, presidente da Nissan América Latina, afirmou que o Brasil representa 20% das vendas da empresa na América Latina. A inauguração da nova plataforma de produção ocorreu na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Embora a empresa não tenha planos de exportar para os EUA, 92% das vendas na América Latina são produzidas na região. A Nissan está focada em enfrentar os desafios globais, como a pandemia e interrupções na cadeia de suprimentos, e em melhorar a oferta aos clientes.

A montadora também está mudando sua estratégia na Argentina, concentrando a produção de picapes no México, mas mantendo operações comerciais no país. Rodríguez expressou otimismo com a recuperação econômica da Argentina.

No Brasil, a Nissan registrou um crescimento de 21% nas vendas em 2023, após um aumento de 35% no ano anterior, e está mirando uma participação de mercado de 7%.

A fábrica de Resende, atualmente operando com 70% de capacidade, aumentará a produção e contratará 400 novos funcionários, em um total de 2.000 empregados diretos. A montadora também investiu em automação, incorporando 98 novos robôs.

Rodríguez destacou o programa Mover, do governo federal, como um impulsionador para a modernização da indústria e captação de investimentos no Brasil.

Leia mais em o-globo