Em relatório de 2024, INSS já estimava que descontos irregulares passavam de R$ 45 milhões
Mais de R$ 45 milhões foram ilegalmente descontados de benefícios do INSS, aponta auditoria do órgão. As investigações continuam, com a CGU e PF atuando para identificar e ressarcir os beneficiários lesados.
Auditoria do INSS revela que mais de R$ 45 milhões foram descontados ilegalmente de benefícios entre janeiro de 2023 e maio de 2024.
O relatório, publicado em setembro, foi elaborado pela Auditoria-Geral do INSS e indica que 1.054.427 requerimentos de exclusão foram feitos, com descontos não autorizados. O montante estimado pode ser ainda maior.
O pedido da auditoria foi feito pelo então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi afastado e demitido posteriormente. As recomendações incluem a revisão dos mecanismos de fiscalização sobre os descontos.
A conselheira Tonia Galleti alertou sobre fraudes em reunião do Conselho Nacional de Previdência Social, mas o ministro Carlos Lupi não incluiu o tema em pauta.
Após a operação da CGU e da Polícia Federal, o ministro Vinicius de Carvalho suspendeu todos os Acordos de Cooperação Técnica com entidades associadas ao INSS e garantiu que os beneficiários lesados serão ressarcidos.
As investigações revelaram que os descontos indevidos chegaram a R$ 6,3 bilhões ao longo de seis anos, com parte recebida por fraudes. No entanto, ainda não há um valor oficial sobre a quantia fraudada.