Em protestos esvaziados contra tarifaço, manifestantes evocam patriotismo e pedem soberania nacional

Protestos contra tarifa de Trump ocorrem em diversas capitais

No dia 1º de agosto, centrais sindicais, movimento estudantil e entidades de esquerda realizaram protestos em várias capitais brasileiras contra o tarifaço do presidente Trump.

O ato em São Paulo, que ocorreu em frente ao Consulado Geral dos Estados Unidos no bairro Santo Amaro, enfatizou a soberania nacional. A manifestação, no entanto, estava esvaziada.

Isso ocorreu após Donald Trump assinar uma medida que institui uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir do 6 de agosto.

Os manifestantes utilizaram algemas e máscaras de Trump e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Bonecos foram queimados e muitos estavam vestidos como presidiários, referindo-se ao julgamento de Bolsonaro no STF.

Uma representante da UNE declarou: "Hoje é o dia em que nós retomamos o verde amarelo.” Muitos participantes estavam vestidos com as cores da bandeira brasileira.

As críticas também se voltaram para as sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, que incluem o congelamento de bens nos EUA e restrições em operações financeiras.

Embora a movimentação não tenha ocupado muito espaço, gerou incômodo entre os transeuntes e motoristas na área.

Antônio Saboia, diretor do Sindicato dos Bancários, afirmou que "a bandeira do Brasil é do povo brasileiro", e criticou a elite.

Tânia Aparecida, aposentada e militante, expressou que a taxação é "bem cruel" e que o objetivo de Trump é prejudicar o Brics.

Manifestantes em Brasília e Belo Horizonte replicaram as críticas, com atos semelhantes realizados em ambas as cidades.

Em Belo Horizonte, estudantes liderados pela UEE-MG estenderam uma faixa que dizia "soberania é o povo no poder". E um ato maior está previsto para ocorrer na mesma cidade às 17h, organizado por diversas entidades.