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Em meio à crise do cacau, Senado vota projeto que define percentual mínimo no chocolate

Senado analisa projeto que estabelece porcentagem mínima de cacau em produtos de chocolate. Se aprovado, o texto ainda seguirá para a Câmara dos Deputados e dependerá da sanção presidencial para se tornar lei.

Senado Federal vota proposta sobre chocolate

O Senado deve votar nesta quinta-feira (24) um projeto de lei que estabelece uma quantidade mínima de cacau para chocolates fabricados no Brasil.

Objetivo: Aprimorar a portaria de 2022 da Anvisa, que já define percentuais mínimos para produtos de cacau.

Características propostas:

  • Cacau em pó: mínimo 10% de manteiga de cacau e máximo 9% de umidade;
  • Chocolate amargo ou meio amargo: mínimo 35% de sólidos totais de cacau;
  • Chocolate em pó: mínimo 32% de sólidos totais de cacau;
  • Chocolate ao leite: mínimo 25% de sólidos totais de cacau;
  • Chocolate branco: mínimo 20% de manteiga de cacau, isento de corantes.

A proposta ainda exige informações sobre o percentual de fruta nas embalagens.

Legislação atual: Em 2022, a Anvisa definiu que chocolates devem conter pelo menos 25% de cacau para serem considerados chocolates.

Cenário econômico: O preço do cacau disparou 190% nos últimos dois anos, devido a mudanças climáticas e a propagação de doenças nas lavouras.

A indústria tem lançado produtos "sabor chocolate", que não atendem às especificações. A proposta do senador Angelo Coronel permitirá a venda, mas os produtos não poderão se chamar "chocolate".

Tramitação na Câmara: Quatro projetos semelhantes sobre percentuais mínimos já estão em tramitação, exigindo 35% de sólidos de cacau e proibindo o uso do termo “achocolatado”. A proposta do Senado terá preferência caso aprovada.

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