Em Gaza, mortos em busca de ajuda já passam de 1,3 mil
Ataques israelenses em Gaza resultam em alto número de mortos, com destaque para civis buscando ajuda humanitária. Organizações alertam para o uso de fome como arma de guerra e criticam falhas no sistema de distribuição de ajuda.
Atacks em Gaza resultam em 83 mortes
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informou que ao menos 83 pessoas morreram em decorrência dos ataques israelenses nas últimas 24 horas.
Dessas vítimas, 53 estavam em busca de ajuda humanitária.
A ONU relatou que, desde o fim de maio, 1.373 pessoas foram mortas em Gaza procurando assistência, com 859 mortes ocorrendo perto de postos da Fundação Humanitária de Gaza (GHF) e 514 ao longo das rotas de comboios de alimentos.
A maioria das mortes é atribuída às forças israelenses.
A Human Rights Watch (HRW) acusou as tropas israelenses de atacar civis em busca de ajuda, classificando os centros da GHF como "armadilhas mortais".
Belkis Wille, da HRW, afirmou que as forças israelenses “abrem fogo rotineiramente” e utilizam a fome como “arma de guerra.”
Wille também comentou sobre o sistema de distribuição de ajuda, afirmando que resultou em "banhos de sangue."
A GHF começou suas atividades no final de maio, substituindo o modelo da ONU, quando Israel começou a aliviar um bloqueio que causou escassez severa de alimentos.
Wille declarou que as forças israelenses estão não só causando fome, mas também abatendo pessoas que buscam comida.
Na sexta-feira, o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, visitou um centro da GHF em Rafah, afirmando que isso ajudará na formulação de um novo plano de ajuda humanitária.
O presidente dos EUA, Donald Trump, também afirmou que busca uma nova parceria com Israel para administrar centros de distribuição de alimentos em Gaza.