Em fazenda vertical, lugar de plantar hortaliça é galpão
O Brasil observa um crescimento acelerado nas fazendas verticais, com cerca de 20 projetos em funcionamento em cidades-chave. Esses empreendimentos visam atender a demanda por produtos frescos e sustentáveis em ambientes urbanos.
Fazendas verticais estão se proliferando no Brasil, com aproximadamente 20 operações em cidades como Rio, São Paulo e Florianópolis.
Essas fazendas cultivam hortaliças, cogumelos, flores e frutas em ambientes controlados, utilizando sistemas de automação que funcionam ininterruptamente.
O crescimento desse modelo foi destacado pelo pesquisador Ítalo Guedes (Embrapa), com um exemplo sendo a Fazenda Cubo em São Paulo, que começou em 2019. Sua unidade principal em Pinheiros ocupa 90 m² e produz microverdes e hortaliças enquanto sua unidade em Franco da Rocha possui 2.000 m² com cultivos em larga escala.
A 100% Livre, também de São Paulo, foi fundada em 2020 e cultiva 100 mil cabeças de alface mensais. Sua unidade em Osasco foca em plantas para indústrias farmacêutica e cosmética.
Restaurantes, empórios e supermercados são os principais consumidores das fazendas verticais, que precisam se adaptar a nichos específicos e produtos de alto valor.
O conceito de fazendas verticais começou no Brasil com a Pink Farms em 2015, seguido pela Fazenda Bioma em Florianópolis, que desenvolveu minifazendas móveis para supermercados.
O mercado global de fazendas verticais deve crescer 19,7% entre 2024 e 2029, alcançando US$ 13,7 bilhões, segundo a Markets & Markets.