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Em encontro com Macron, Lula buscará vencer resistência a acordo com Mercosul

Lula busca fortalecer relações comerciais com a França durante visita oficial e negociar o acordo Mercosul-UE. A agenda inclui discussão sobre o aquecimento global e a regulação de importações relacionadas ao desmatamento.

Acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) e o aquecimento global são os principais temas da visita de Luiz Inácio Lula da Silva à França esta semana.

Lula tentará convencer o presidente francês Emmanuel Macron a aceitar o tratado comercial fechado em dezembro de 2024.

Auxiliares afirmam que espera-se reduzir a resistência francesa ao acordo, embora Macron enfrente pressão de agricultores locais contrários à redução de subsídios.

Flavio Goldman, diretor do Departamento de Europa do Itamaraty, destaca que aproveitarão o novo contexto geopolítico para discutir o assunto.

Outro obstáculo é o novo marco de licenciamento ambiental no Brasil, que pode impactar a percepção internacional do país. Ambientalistas criticam as mudanças e temem impactos negativos.

Lucas Ferraz da FGV observa que a UE busca diversificar seus acordos comerciais e que a visita de Lula é uma oportunidade para suavizar a resistência ao Mercosul.

Além do comércio, discutir-se-á o aquecimento global e a necessidade de colaboração com China e UE para a COP30 em novembro.

Lula também abordará a nova lei antidesmatamento da UE e temas de multilateralismo, regulação de redes sociais e investimentos franceses no Brasil.

Durante a visita, serão assinados cerca de 20 atos entre acordos e memorandos em áreas como clima, educação e saúde.

Além de reuniões oficiais, Lula será homenageado com o título de doutor honoris causa pela Universidade Paris VIII e participará de eventos em Toulon, Nice e Mônaco.

O presidente retorna ao Brasil após um jantar em Nice no dia 9.

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