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Em ‘eleição’ sem opositores na Venezuela, ditadura chavista conquista maioria das prefeituras

Maduro celebra vitória em novas eleições municipais na Venezuela, enquanto a oposição denuncia fraude e apela à abstenção. Com o controle total das prefeituras e a proposta de reforma constitucional, a crise política e social do país se aprofunda.

Um ano após fraude eleitoral: Nicolás Maduro segue no poder, vencendo nova eleição sem a principal coalizão opositora.

A ditadura chavista conquistou 285 das 335 prefeituras, incluindo 23 das 24 capitais do país. Maduro celebrou a vitória na Praça Bolívar, em Caracas, afirmando: "Vitória, vitória popular!".

A participação foi de 44%, aproximadamente 6 milhões de eleitores, mas a presença nos centros de votação foi baixa.

Em um ano, Maduro consolidou seu controle total: Presidência, Parlamento e 23 governos estaduais através de eleições consideradas fraudulentas e bloqueios para candidatos opositores.

Maduro planeja impulsionar uma reforma constitucional, com poucas informações divulgadas. Muitos opositores acreditam que o resultado já estava decidido.

A oposição, liderada por María Corina Machado, denuncia fraude nas eleições presidenciais de julho e reivindica que seu candidato, Edmundo González, derrotou Maduro. Ambos estão no exílio ou clandestinos.

Machado afirma que 90% da população disse "não a Maduro" em relação à abstenção. Uma ala dissidente da oposição conquistou 50 prefeituras, mas Machado os rotula de colaboracionistas.

Maduro terá uma manifestação para comemorar sua vitória, rejeitada por Estados Unidos e outros países. Marco Rubio disse: "Maduro não é o presidente da Venezuela".

Apesar disso, canais de comunicação entre Washington e Caracas seguem abertos, com negociações em andamento.

A população enfrenta desmobilização e medo devido à repressão, com 2.400 detenções em protestos. Machado expressou temor de ser presa "e desaparecer."

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