Em carta a ministros do STF, Celso de Mello diz que Trump e bolsonaristas são ‘indignos’
Celso de Mello classifica a suspensão de vistos imposta pelo governo Trump como um ataque à democracia brasileira e critica a conivência de bolsonaristas. Ele ressalta a importância de punir aqueles que conspiram contra os interesses do Brasil, comparando-os a traidores históricos.
Celso de Mello, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, expressa solidariedade aos oito colegas sancionados pelo governo Trump, que suspendeu seus vistos americanos.
Em carta, ele classifica essa ação como “extremamente arbitrária” e critica o governo dos EUA, afirmando que busca desestruturar o sistema de governo brasileiro.
Mello não menciona diretamente os bolsonaristas, referindo-se a eles como “quislings”, uma alusão ao traidor da Noruega durante a Segunda Guerra. Ele critica o deputado Eduardo Bolsonaro, destacando sua influência na ofensiva contra os ministros do STF.
Entre os alvos da medida estão os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Edson Fachin e o procurador-geral Paulo Gonet.
Celso de Mello defende a necessidade de punir aqueles que agem contra os interesses do Brasil, caracterizando Trump como um “governante medíocre” e criticando sua arrogância imperial.
Ele ressalta que a questão vai além de interesses econômicos, sendo um “deliberado ataque à democracia brasileira”, apoiado por extrema-direita e big techs.
Mello convoca à identificação e punição dos “quislings”, que conspiram contra os valores nacionais, e enfatiza a necessidade de respeito e integridade nas relações internacionais.
Conclui sua carta manifestando solidariedade aos colegas do STF.