Em alegações finais ao STF, Mauro Cid pede perdão judicial ou pena máxima de dois anos por tentativa de golpe
Mauro Cid busca perdão judicial enquanto apresenta suas alegações finais no processo por tentativa de golpe de Estado. A próxima fase do caso envolve a manifestação dos demais réus, incluindo Jair Bolsonaro, antes da definição da data do julgamento.
Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), apresentou suas alegações finais no processo sobre a tentativa de golpe de Estado.
Cid, que delatou outros acusados, pediu perdão judicial ou que sua pena não ultrapasse dois anos de prisão. Ele faz parte do "núcleo crucial" do golpe, acusado de tentar impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Após suas alegações, começa o prazo de 15 dias para que Bolsonaro e os outros réus se manifestem. O julgamento é esperado para meados de setembro. Cid se manifestou antes por ter fechado um acordo de delação premiada, implicando os demais acusados.
No documento enviado ao STF, Cid defendeu a validade do acordo e reafirmou declarações sobre um plano golpista. Ele negou ter comandado a tentativa de golpe e pediu que se puna quem realmente atentou contra a democracia.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já enviou suas alegações finais, reafirmando cinco crimes contra o núcleo crucial, incluindo golpe de Estado e associação criminosa armada. O procurador-geral, Paulo Gonet, criticou a delação de Cid por ser superficial e levantou suspeitas sobre seu comportamento nas redes sociais.
A defesa de Cid contestou a PGR, solicitando a integralidade dos benefícios do acordo de colaboração premiada. O núcleo crucial inclui ainda ex-ministros e outros aliados de Bolsonaro.
A Primeira Turma do STF que julgará o caso é composta por cinco ministros, incluindo Alexandre de Moraes.