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Em 5 anos, ganhos de CEOs de empresas aumentaram 50% enquanto os salários dos demais profissionais subiram 0,9%

Estudo da Oxfam revela que, enquanto os CEOs veem aumentos significativos em seus salários, os trabalhadores comuns enfrentam um crescimento quase inexistente. A disparidade salarial entre gêneros e entre diferentes regiões também se destaca, evidenciando desigualdades preocupantes.

Em 2024, a remuneração média global de CEOs atingiu US$ 4,29 milhões, com um aumento real de 49,7% em cinco anos. Já os salários do trabalhador médio avançaram apenas 0,9%, tornando os ganhos dos CEOs 56 vezes maiores proporcionalmente.

Esses dados são do relatório da Oxfam divulgado no Dia Internacional do Trabalhador. O estudo analisou a remuneração de 1.984 empresas de 35 países, focando em CEOs que ganharam mais de US$ 1 milhão em 2023. Os valores incluiram salários, bônus e benefícios, ajustados pela inflação.

A pesquisa identificou que Irlanda e Alemanha têm alguns dos CEOs mais bem pagos, com ganhos médios de US$ 6,7 milhões e US$ 4,7 milhões, respectivamente. Enquanto isso, a Oxfam constatou que o aumento real de salários em países como França, África do Sul e Espanha foi de apenas 0,6% no último ano.

A análise também destaca a sub-representação feminina: apenas 6,9% dos CEOs em empresas com receitas acima de US$ 10 milhões são mulheres. O relatório considerou 45.501 companhias em 168 países para essa avaliação.

Disparidade salarial de gênero é destacada, com uma diferença média de 22,2% entre homens e mulheres em 2023, embora o Brasil tenha visto um aumento na disparidade, que subiu de 19,4% para 20,7%. A disparidade supera 50% para mulheres negras.

O relatório pede que os governos taxem os super-ricos e que os salários mínimos acompanhem a inflação.

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