Em 100 dias, Trump encerra USaid, desmonta educação e enxuga saúde
Trump inicia mudanças drásticas em setores essenciais como saúde e educação no início de seu 2º mandato, com o fechamento da USaid sendo uma das principais medidas. O desmonte das agências visa alinhar os interesses do governo às suas prioridades, gerando controvérsias e preocupações sobre o impacto na ajuda humanitária e na educação pública.
Donald Trump se aproxima de 100 dias de governo no 2º mandato e implementa mudanças drásticas em áreas essenciais. Entre as ações destacadas estão:
- Fechamento da USaid: Em 28 de março, a maior agência de ajuda humanitária dos EUA foi oficialmente encerrada, com funções sendo transferidas para o Departamento de Estado.
- Departamento de Educação: Equipamentos extintos e demissões em massa buscam reduzir gastos. Medidas incluem a proibição de conteúdos relacionados à teoria crítica de raça nas escolas.
- Departamento de Saúde: Enfrentando cortes significativos em seus recursos e equipe, com o objetivo de reestruturação e eficiência, conforme anunciado em um comunicado de março.
A USaid foi fundada em 1961 e, ao longo dos anos, passou por mudanças de enfoque — de um agente “imperialista” a uma entidade considerada mais progressista. Segundo o secretário de Estado, Marco Rubio, o fechamento é uma resposta a custos elevados e resultados insatisfatórios.
No campo da educação, Trump justifica a descentralização como maneira de melhorar a eficiência local. Mas, dados os cortes, muitos estudantes e universidades enfrentam riscos de perda de financiamentos.
No âmbito da saúde, Trump impõe um novo regime sob o comando de Robert F. Kennedy Jr., conhecido por suas polêmicas e críticas à vacinação. O foco do departamento inclui investigar toxinas relacionadas ao transtorno do espectro autista.
Gustavo Poggio, especialista em relações internacionais, critica as medidas como ineficazes e potencialmente danosas ao soft power dos EUA, enfatizando que economias mínimas não compensam os riscos associados.