Eli Lilly compra biotech que ‘edita’ genes para curar doenças cardiovasculares
A Eli Lilly expande seu portfólio com a aquisição da Verve Therapeutics, focando em tratamentos inovadores para doenças cardíacas. A transação, avaliada em US$ 1,3 bilhão, reflete a estratégia da farmacêutica em diversificar suas terapias diante da perda de patentes.
Eli Lilly anuncia aquisição de Verve Therapeutics por US$ 1,3 bilhão.
A Pfizer irá pagar US$ 10,50 por ação da Verve, resultando em um prêmio de 113% sobre a média dos últimos 30 dias. O valor total pode aumentar para US$ 1,6 bilhão se metas contratuais forem cumpridas.
Após a notícia, as ações da Verve dispararam 79% na Nasdaq. Em contraste, a Lilly, com valor de mercado de US$ 754 bi, recuou 1,5%.
A Verve, que abriu capital em 2021, já chegou a ser avaliada em US$ 75 por ação após o IPO de US$ 19.
A Lilly já colaborava com a Verve em pesquisas de edição genética para reduzir lipoproteína (a), um colesterol associado a doenças cardiovasculares.
Após suspender testes clínicos por questões de segurança, a Verve retomou projetos com um novo medicamento, a Verve-102, buscando ser a primeira terapia de edição genética focada em altos níveis de colesterol ruim.
O CEO da Verve, Sekar Kathiresan, expressou otimismo em transformar o tratamento para doenças cardiovasculares crônicas e avançar em terapias de dose única.
A Lilly, visando diversificação, já fez aquisições recentes, incluindo uma droga contra câncer por US$ 2,5 bi. O valor pago em ações poderá atingir US$ 1 bi se metas forem alcançadas.