Eletrobras encaminha aprovação de acordo para ampliar presença do governo na gestão
Acionistas da Eletrobras indicam aprovação de acordo com o governo para ampliar a presença da União no conselho. Disputa pelas demais cadeiras gera tensão entre investidores, com candidatos da administração liderando as preferências.
Apuração de votos na assembleia de acionistas da Eletrobras, agendada para terça-feira (29), aponta para a aprovação do acordo que aumenta a presença da União no conselho. Contudo, a disputa pelas demais cadeiras permanece acirrada.
Este é o evento mais controverso desde a privatização da empresa pelo governo Jair Bolsonaro. Além do acordo, há uma intensa competição entre investidores privados.
Até agora, 785 milhões das 1,044 bilhão de ações votaram, sendo que 622 milhões apoiaram o acordo, enquanto 930 mil rejeitaram e 163 milhões se abstiveram. Mesmo com 260 milhões de ações restantes, a aprovação parece garantida.
O acordo, mediatizado pelo STF, assegura à União três vagas no conselho e isenta a Eletrobras de concluir a usina nuclear Angra 3. O governo busca maior influência na gestão da empresa, detendo 42% do capital.
Para os três assentos, a União indicou: Silas Rondeau, Maurício Tolmasquim e Nelson Hubner. As outras sete vagas no conselho terão 11 candidatos: 7 sugeridos pela empresa e 4 independentes.
A lista recomendada pela administração possui vantagem nas votações, com candidatos somando 93 milhões, 66 milhões e 54 milhões de ações. O outsider mais proeminente é Marcelo Gasparino, com 40 milhões, que tem enfrentado a gestão da Eletrobras e foi advertido por condutas irregulares.