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'Eles mataram Diego': a comoção na Argentina com início de julgamento sobre morte de Maradona

Julgamento visa esclarecer a responsabilidade da equipe médica na morte de Maradona, que ocorreu em novembro de 2020. Acusações de homicídio culposo levantam questões sobre tratamento e cuidados prestados ao ídolo argentino.

A Argentina está mobilizada para um grande julgamento sobre a morte de Diego Maradona, um dos maiores jogadores de futebol da história. Médicos que cuidaram do craque são acusados de homicídio.

O julgamento começou esta semana e deve durar até julho. Maradona faleceu de um ataque cardíaco em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, após uma cirurgia no cérebro.

Promotores alegam que a morte poderia ter sido evitada, citando negligência da equipe médica. Os réus defendem que Maradona se recusou a tratamento e deveria ter permanecido no hospital.

Se condenados, médicos podem pegar penas de prisão de 8 a 25 anos. Protestos marcaram a abertura do julgamento, com manifestantes chamando-os de "assassinos".

O advogado das filhas de Maradona, Fernando Burlando, afirmou que "eles mataram Diego". O promotor, Patricio Ferrari, destacou evidências de tratamento inadequado, mostrando uma foto do craque após a morte, que emocionou familiares presentes.

A morte é classificada como homicídio culposo, por não haver intenção, mas sim negligência. O relatório de 2021 apontou erros nos protocolos de tratamento domiciliar.

sete réus: um neurocirurgião, uma psiquiatra, um psicólogo, um médico clínico, um coordenador de enfermagem, uma médica e um enfermeiro. A enfermeira Dahiana Madrid será julgada separadamente em julho.

A defesa argumenta que a internação domiciliar foi acordada e que Maradona morreu de um evento cardíaco "imprevisível". Mais de 100 testemunhas prestarão depoimento, e serão apresentados mais de 120 mil mensagens da equipe médica.

Diego Maradona, campeão da Copa do Mundo de 1986, lutou contra dependências e problemas de saúde ao longo da vida. Sua morte gerou profundo luto na Argentina, com milhares de pessoas se despedindo no palácio presidencial em Buenos Aires.

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