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Eles contra nós

Brasil se destaca no PIB global, mas a desigualdade persistente revela falhas no sistema tributário. A tentativa de reforma fiscal enfrenta resistência da direita, que defende privilégios dos mais ricos em detrimento da maioria da população.

Brasil entre os 10 maiores PIBs, mas com alta desigualdade

O Brasil é um dos países mais ricos e desiguais do mundo. Embora esteja entre os 10 maiores PIBs, apresenta uma das piores distribuições de renda.

O 1% mais rico acumula mais riqueza que os 99% restantes, enquanto a alíquota de Imposto de Renda para essa elite é de 4,2%, e de 1,75% para o 0,01% mais rico. Em contrapartida, a classe média enfrenta alíquotas progressivas de até 27,5%.

Profissionais como professores, enfermeiros e médicos pagam mais em impostos do que quem ganha mais de R$ 176 mil por mês. O sistema tributário é considerado uma máquina de desigualdade.

O desafio histórico é fiscalizar os ricos e o orçamento público para garantir justiça no país. O discurso popular sobre mudança repercutiu nas eleições de 2022.

Na atualidade, as bancadas de direita no Congresso tentam proteger os interesses dos super-ricos. Quando o governo Lula alterou os parâmetros de cobrança do IOF, partidos de direita se mobilizaram rapidamente para frustrar a iniciativa.

O governo, através da AGU, protocolou uma ação no STF para averiguar a legalidade do decreto. Desta forma, Lula buscou envolver a sociedade no debate sobre justiça tributária e resistir às pressões políticas.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes reafirmou a legalidade do decreto, destacando que o Congresso extrapolou seus limites. Apesar das contestações, o decreto não representa uma revolução tributária, mas pode evitar cortes orçamentários prejudiciais.

No Brasil, não há taxação de lucros e dividendos, ao contrário da média de 23,6% na OCDE. Críticas à taxação dos super-ricos não devem ser ignoradas, pois refletem a resistência à mudança.

A luta por justiça tributária será desafiadora, mas é fundamental para a transformação necessária no país.

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