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Eleição na Coreia do Sul entra na reta final com oposição como favorita

Debate evidencia forte polarização entre candidatos em meio a crise política na Coreia do Sul. Lee Jae-myung, favorito nas eleições, busca reformar políticas enquanto enfrenta oposição defensiva.

Primeiro debate televisivo entre candidatos à presidência da Coreia do Sul ocorreu no domingo (18), destacando o autogolpe do ex-presidente Yoon Suk-yeol.

A votação está marcada para 3 de junho.

O líder da oposição, Lee Jae-myung, é favorito com 51% das intenções de voto, enquanto o governista Kim Moon-soo possui 29%, segundo pesquisa Gallup.

Yoon, que decretou lei marcial em dezembro, enfrentou protestos e foi impeachment em 14 de dezembro, após retirar o decreto sob pressão.

Na véspera do debate, Yoon deixou o Partido do Poder do Povo, o que foi visto como uma tentativa de ajudar Kim. Kim, no entanto, estava na defensiva.

Lee propôs uma reforma política reduzindo o mandato de cinco para quatro anos, com direito à reeleição e maior poder à Assembleia.

No debate, Kim defendeu uma aliança firme com os EUA, enquanto Lee sugeriu uma postura pragmática nas relações com a China e a Rússia.

  • Kim criticou as declarações de Lee como "assustadoras" do ponto de vista dos EUA.
  • Lee propôs cautela nas negociações sobre tarifas impostas pelos EUA, enquanto Kim quis uma solução rápida.
  • Kwon Young-kook, do Partido Democrático Trabalhista, criticou as práticas comerciais dos EUA.

Haverá mais dois debates nos dias 23 e 27 de maio.

Lee, apontado como possível vencedor, deverá enfrentar uma crise econômica se seu favoritismo se confirmar, com o Ministério das Finanças alertando para a pressão econômica e desaceleração das exportações.

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