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El Salvador aprova 'reeleição sem fim' e abre caminho para permanência de Bukele no poder

Reformas constitucionais em El Salvador facilitam reeleição presidencial indefinida e aumentam o mandato para seis anos. Medidas geram polêmica e preocupações sobre o fortalecimento do poder executivo e a saúde da democracia no país.

Congresso de El Salvador ratificou reformas constitucionais que permitem a reeleição presidencial indefinida e a extensão do mandato de cinco para seis anos.

A deputada Ana Figueroa apresentou a iniciativa que reformou cinco artigos da Constituição, sendo apoiada por 57 dos 60 deputados.

Figueroa argumentou que a reeleição indefinida já existe para outros cargos, exceto para a presidência. As reformas incluem:

  • Ampliação do mandato presidencial de cinco para seis anos;
  • Eliminação do segundo turno das eleições;
  • Disposição para que o mandato de Bukele termine em 2027, permitindo nova candidatura.

A emenda constitucional agora pode ser aprovada em uma única sessão legislativa com 45 votos.

A deputada Marcela Villatoro, da oposição, criticou as reformas, afirmando que "a reeleição traz acúmulo de poder e enfraquece a democracia".

A vice-presidente do Congresso, Suecy Callejas, defendeu as reformas como uma escolha do povo.

Nayib Bukele, o atual presidente, ainda não se pronunciou, lembrando que já foi considerado “o ditador mais descolado do mundo” e que a Suprema Corte autorizou sua segunda candidatura.

Em 2024, Bukele venceu com 84,6% dos votos, apesar da proibição de reeleição na Constituição.

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